É
muito comum encontrarmos uma ideia pré estabelecida entre os
espíritas, a ideia de que estão muito bem se distanciados da
política que se faz um pouco por todo o mundo.
A razão parece ser simples, a de uma certa incompatibilidade entre a vivência dos postulados espíritas, dentro da moral que Jesus de Nazaré deixou, e a prática política corrente.
Embora saibamos que existem políticos honestos, é inegável hoje em dia a má imagem que as classes políticas têm um pouco por todo o mundo, onde a imagem do egoísmo, do favorecimento familiar e amigos, da corrupção se vai generalizando, criando uma certa aversão para com esta classe de dirigentes.
A razão parece ser simples, a de uma certa incompatibilidade entre a vivência dos postulados espíritas, dentro da moral que Jesus de Nazaré deixou, e a prática política corrente.
Embora saibamos que existem políticos honestos, é inegável hoje em dia a má imagem que as classes políticas têm um pouco por todo o mundo, onde a imagem do egoísmo, do favorecimento familiar e amigos, da corrupção se vai generalizando, criando uma certa aversão para com esta classe de dirigentes.
O
espírita, sendo um ser social, não pode abstrair-se dessa
realidade, não devendo portanto ignorá-la como se ela não
existisse. O espírita sincero, convicto, que procura no seu
quotidiano viver em consonância com os seus ideais, deve procurar
dar a sua contribuição à sociedade, sendo interventivo, colaborando,
procurando auxiliar para que uma organização social melhor, e a
qualidade de vida das pessoas melhorem.
Assim, o
espírita não pode nem deve demitir-se da sua intervenção política
na sociedade. Deve, isso sim, dar o exemplo de honestidade, não
pactuando com favorecimentos, desonestidades, procurando servir,
sempre, cada vez mais, a população que o elegeu, que em si
acreditou.
São
graves as consequências espirituais daqueles que abusam do seu poder
para o utilizarem em benefício próprio, ao invés de o colocar ao
serviço do povo. Geralmente são pessoas que se comprometeram antes
da reencarnação com tal tarefa, muitos deles, procurando retificar
erros de vidas passadas, onde o egoísmo sobrepôs o espírito de
serviço à comunidade.
Voltam
pois cheios de projetos pessoais, interiores, de melhoria moral, de
vontade de auxiliar a comunidade e quando mergulhados no corpo de
carne, pelo processo da reencarnação, rapidamente esquecem os seus
propósitos mais nobres, para enveredarem em roteiros materialistas,
nada apropriados com o espírito que preside ao dever do poder
político.
Lembrando
Jesus de Nazaré, “a semeadura é livre mas a colheita é
obrigatória” e perante este axioma que se aplica a todos nós,
questionamo-nos sobre como se encontrarão no mundo espiritual
aqueles que usaram e abusaram do poder político apenas para
alimentarem os seus caprichos pessoais.
Sabemos
que a evolução é lenta e que o Espírito se vai burilando passo a
passo, vida após vida, mas não deixa de ser interessante o estudo
de “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec como uma autêntica
pérola para a humanidade e que pode muito bem ser a referência
moral para um comportamento mais ético, mais nobre, no trabalho em
prol da comunidade.
Demitirmo-nos
das nossas responsabilidades perante a comunidade não é certamente
o caminho certo. Bezerra de Menezes (foto), médico,
espírita, deputado brasileiro, foi o exemplo de como deve ser o
espírita na sociedade. Foi representante político, mas nunca se
deixou inebriar pelo perfume do êxito fácil. Continuou
no seu quotidiano auxiliando os mais desfavorecidos, consultando-os
gratuitamente quando não podiam pagar os seus serviços de médico,
pagando ele próprio do seu bolso, inúmeras vezes, os medicamentos
que receitava aos mais desfavorecidos, que viam nele, o homem, o
político, o irmão na sociedade.
Publicado
por José Lucas
Blog:
Artigos Espiritas – Espiritismo: Ciência, Filosofia e moral.