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terça-feira, 16 de agosto de 2016

Exemplos que eu seguiria dentre outros


Bezerra de Menezes
O Doutor Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu no dia 29 de agosto de 1831, em Riacho do Sangue, no Ceará.
Mesmo sem condições econômicas, o jovem Bezerra de Menezes aventurou-se na conquista do sonho de tornar-se médico, saindo de sua terra natal rumo ao sul do país. Em 1851, o mesmo ano da morte de seu pai, mudou-se para o Rio de Janeiro, ingressando no ano seguinte, como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Nas horas vagas, dava aulas de Filosofia e Matemática para manter seus estudos.
Em 1861, iniciou carreira política, sendo eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, tendo que demitir-se do Corpo de Saúde do Exército, do qual fazia parte como cirurgião-tenente. Na Câmara Municipal da Corte desenvolveu grande trabalho na defesa dos humildes e necessitados, sendo reeleito para o período de 1864 a 1868.
Retornou à política no período de 1873 a 1881, ocupando várias vezes as funções de presidente interino da Câmara Municipal da Corte, efetivando-se em julho de 1878, cargo que corresponderia ao de prefeito nos dias atuais. Nunca obteve favores do governo para as suas candidaturas e era adorado pelas camadas mais pobres da população.
Durante a campanha abolicionista, com espírito prudente e ponderado, escreveu “A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extinguí-la sem danos para a Nação” e expôs os problemas de sua terra, no estudo “Breves considerações sobre as secas do Norte”.
Converteu-se ao Espiritismo em 1886, passando então a escrever livros que se tornariam célebres no meio espírita. Devido a seu espírito extremamente pacífico e conciliador tornou-se presidente da Federação Espírita Brasileira.
Seu espírito de desprendimento não o permitiu acumular bens materiais, e foi em meio a grandes dificuldades financeiras que um acidente vascular cerebral o matou, em 11 de abril de 1900. Seu nome é reconhecido ainda hoje, e evoca a lembrança de um passado rico, não em ouro, mas em lições de caridade e devoção à fé abraçada.


Chico Xavier
Francisco Cândido Xavier nasceu em 2 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.
Filho de um casal simples, desde muito novo passou por sérias dificuldades, e acabou órfão de mãe com apenas cinco anos de idade, ficando aos cuidados de sua madrinha, uma mulher severa que o maltratava. Porém, aprendeu a se manter calmo e calado em momentos de sofrimento, principalmente, devido as constantes agressões que sofria, momentos estes, em que se dirigia ao quintal de sua casa para fazer orações.
A necessidade de trabalhar desde cedo foi, em sua vida, conforme ele mesmo dizia, uma bênção indefinível. Aos doze anos levantava às seis da manhã para começar as tarefas escolares, e entrava para o serviço na fábrica às três da tarde, saindo às onze da noite.
Assim como o trabalho, a doença também viera precocemente fazer-lhe companhia. Primeiro teve problemas nos pulmões, depois foram os olhos e também a angina.
Após, mais de quarenta anos de incansáveis trabalhos assistenciais e de caridade em Pedro Leopoldo, em 1959, mudou-se para Uberaba, dando início à famosa peregrinação da "Comunhão Espírita Cristã", visitando lares carentes e moradores de rua.
Mesmo com a fama e o sucesso, jamais constituiu fortuna, continuou tão pobre quanto sempre fora. Aposentou-se e recebeu pelo resto de sua vida somente os proventos de sua aposentadoria. Sua constrangedora humildade e desapego eram dificilmente compreendidos, e foi a mais notável e marcante exteriorização de sua grandiosidade.
O homem que levou uma vida humilde, voltada ao próximo e a caridade, tinha um último desejo. Chico jamais suportou a tristeza de seu semelhante, e desta forma, desejava que sua partida fosse num dia em que o "povo brasileiro estivesse muito feliz". Faleceu em 30 de junho de 2002, dia em que o Brasil sagrou-se pentacampeão mundial de futebol.

São Francisco de Assis
São Francisco nasceu em 1181 ou 1182 (não se sabe com exatidão), em Assis, na Itália, sendo batizado com o nome de Giovanni di Pietri. Porém, seu nome foi mudado pouco tempo depois para Francisco (em homenagem a França), pois seu pai, Pietri di Bernardone era comerciante e viajava muito à França, onde sempre fazia bons negócios.
Mesmo sendo o único filho, do mais próspero comerciante da região, em 1204, iniciou sua conversão gradual ao mundo da caridade, dedicando-se a dar esmolas e oferecendo até mesmo as suas roupas aos pobres, desprezando o dinheiro e todas as coisas mundanas e materiais.
Desempenhou voluntariamente, o papel de cuidar dos leprosos da região, que naquela época viviam à margem extrema da sociedade, sendo execrados por tudo e todos.
Passou a viver em pobreza absoluta, iniciando a Ordem Franciscana, que cresceu rapidamente, e em 1219, atravessou uma grande expansão, principalmente para a Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos, França, chegando até a Inglaterra. Desde o seu inicio até os dias de hoje, a Ordem prega a simplicidade, a caridade e o amor incondicional a todas as criaturas, demonstrando toda a paixão Franciscana pela natureza e pelo próximo.
São Francisco morreu em 03 de outubro de 1226, em Assis, com pouco mais de 40 anos de idade.


Irmã Dulce
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nome de batismo de Irmã Dulce, nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador, na Bahia.
Aos 13 anos, já havia transformado a casa da família, num centro de atendimento a pessoas carentes, manifestando nessa época o desejo de se dedicar à vida religiosa, principalmente, após visitar com uma tia, áreas muito carentes da cidade de Salvador.
Em 1933, logo após a sua formatura como professora, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Pouco mais de um ano depois, era ordenada freira, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.
A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa, em Salvador. Porém, o seu pensamento estava voltado para o trabalho com os pobres, e desta forma, pouco tempo depois, já estava dando assistência às comunidades carentes de Alagados e Itapagipe, também na Cidade Baixa, e aonde futuramente, viriam a se concentrar as principais atividades de suas obras sociais.
Em 1939, invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Expulsa do lugar, peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares, até, por fim, instalá-los no galinheiro do Convento Santo Antônio, que improvisou em albergue, dando origem ao Hospital Santo Antonio, centro de um complexo médico, social e educacional, aberto aos pobres da Bahia e de todo o Brasil.
Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, em Salvador, pouco tempo antes de completar 78 anos. A fragilidade com que viveu os últimos 30 anos da sua vida, com a saúde abalada seriamente - tinha 70% da capacidade respiratória comprometida - não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, batendo de porta em porta pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes de governadores, prefeitos, secretários e presidentes da República, sempre com a determinação de quem fez da própria vida um instrumento vivo da fé.

Madre Tereza de Calcutá
A pequena Agnes Gonxha Bojaxhiu - nome de batismo de Madre Teresa - nasceu em Skoplje, na Albânia, em 26 de agosto de 1910. Aos dezoito anos, já como missionária, mudou-se para Rathfarnham, na Irlanda, onde ficava a Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto. No entanto, o seu sonho era a Índia e o trabalho junto aos pobres.
Foi enviada para Darjeeling, na Índia, local onde as Irmãs de Loreto possuíam um colégio, e embora cercada de meninas, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saia à rua: os bairros de lata com cheiros nauseabundos, crianças, mulheres e velhos famélicos.
Deixou o colégio em 1948, e iniciou o seu trabalho juntos as comunidades mais pobres de Calcutá. Reuniu um grupo de cinco crianças, num bairro imundo e começou a dar aulas. Pouco a pouco, o grupo foi aumentando. Dez dias depois, já eram cerca de cinqüenta crianças. Junto com o alfabeto ensinava lições de higiene e moral.
Certo dia dava voltas e mais voltas junto a seus pobres, à procura de uma casa, um teto para acolher os abandonados. Caminhou ininterruptamente por horas, até que já não podia mais. Então, compreendeu até que ponto de esgotamento tem que chegar os verdadeiros pobres, em busca de um pouco de alimento, abrigo, remédio ou esperança.
Em 1949, com o auxilio de algumas de suas ex-alunas, iniciou uma pequena comunidade, que viria a se chamar “Missionárias da Caridade”.
Abriu escolas, lares, albergues, e principalmente, continuou o trabalho com doentes e moribundos, recolhidos nas ruas. Posteriormente, em 1952, abriu o primeiro lar infantil e expandiu seu trabalho pela Índia e por todo o mundo. Criou também a “Casa do Moribundo”, a qual dedicou suas melhores energias físicas e espirituais.
Nas décadas de 60 e 70 abriu dezenas de casas por todas as regiões do mundo: Ceilão, Bangladesh, Ilhas Maurício, Peru, México, Guatemala, Cuba, dentre outros.
Pelo seu trabalho maravilhoso, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 15 de outubro de 1979.
Morreu em 05 de setembro de 1997, em Calcutá, vitima de uma parada cardíaca.