Bezerra de Menezes
O Doutor Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu no dia 29 de
agosto de 1831, em Riacho do Sangue, no Ceará.
Em 1861, iniciou carreira política, sendo eleito vereador da cidade
do Rio de Janeiro, tendo que demitir-se do Corpo de Saúde do
Exército, do qual fazia parte como cirurgião-tenente. Na Câmara
Municipal da Corte desenvolveu grande trabalho na defesa dos humildes
e necessitados, sendo reeleito para o período de 1864 a 1868.
Retornou à política no período de 1873 a 1881, ocupando várias
vezes as funções de presidente interino da Câmara Municipal da
Corte, efetivando-se em julho de 1878, cargo que corresponderia ao de
prefeito nos dias atuais. Nunca obteve favores do governo para as
suas candidaturas e era adorado pelas camadas mais pobres da
população.
Durante a campanha abolicionista, com espírito prudente e ponderado,
escreveu “A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar
para extinguí-la sem danos para a Nação” e expôs os problemas
de sua terra, no estudo “Breves considerações sobre as secas do
Norte”.
Converteu-se ao Espiritismo em 1886, passando então a escrever
livros que se tornariam célebres no meio espírita. Devido a seu
espírito extremamente pacífico e conciliador tornou-se presidente
da Federação Espírita Brasileira.
Seu espírito de desprendimento não o permitiu acumular bens
materiais, e foi em meio a grandes dificuldades financeiras que um
acidente vascular cerebral o matou, em 11 de abril de 1900. Seu nome
é reconhecido ainda hoje, e evoca a lembrança de um passado rico,
não em ouro, mas em lições de caridade e devoção à fé
abraçada.
Chico Xavier
Francisco Cândido Xavier nasceu em 2 de abril de 1910, em Pedro
Leopoldo, Minas Gerais.
A necessidade de trabalhar desde cedo foi, em sua vida, conforme ele
mesmo dizia, uma bênção indefinível. Aos doze anos levantava às
seis da manhã para começar as tarefas escolares, e entrava para o
serviço na fábrica às três da tarde, saindo às onze da noite.
Assim como o trabalho, a doença também viera precocemente fazer-lhe
companhia. Primeiro teve problemas nos pulmões, depois foram os
olhos e também a angina.
Após, mais de quarenta anos de incansáveis trabalhos assistenciais
e de caridade em Pedro Leopoldo, em 1959, mudou-se para Uberaba,
dando início à famosa peregrinação da "Comunhão Espírita
Cristã", visitando lares carentes e moradores de rua.
Mesmo com a fama e o sucesso, jamais constituiu fortuna, continuou
tão pobre quanto sempre fora. Aposentou-se e recebeu pelo resto de
sua vida somente os proventos de sua aposentadoria. Sua
constrangedora humildade e desapego eram dificilmente compreendidos,
e foi a mais notável e marcante exteriorização de sua
grandiosidade.
O homem que levou uma vida humilde, voltada ao próximo e a caridade,
tinha um último desejo. Chico jamais suportou a tristeza de seu
semelhante, e desta forma, desejava que sua partida fosse num dia em
que o "povo brasileiro estivesse muito feliz". Faleceu em
30 de junho de 2002, dia em que o Brasil sagrou-se pentacampeão
mundial de futebol.
São Francisco de Assis
São Francisco nasceu em 1181 ou 1182 (não se sabe com exatidão),
em Assis, na Itália, sendo batizado com o nome de Giovanni di
Pietri. Porém, seu nome foi mudado pouco tempo depois para Francisco
(em homenagem a França), pois seu pai, Pietri di Bernardone era
comerciante e viajava muito à França, onde sempre fazia bons
negócios.
Desempenhou voluntariamente, o papel de cuidar dos leprosos da
região, que naquela época viviam à margem extrema da sociedade,
sendo execrados por tudo e todos.
Passou a viver em pobreza absoluta, iniciando a Ordem Franciscana,
que cresceu rapidamente, e em 1219, atravessou uma grande expansão,
principalmente para a Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos, França,
chegando até a Inglaterra. Desde o seu inicio até os dias de hoje,
a Ordem prega a simplicidade, a caridade e o amor incondicional a
todas as criaturas, demonstrando toda a paixão Franciscana pela
natureza e pelo próximo.
São Francisco morreu em 03 de outubro de 1226, em Assis, com pouco
mais de 40 anos de idade.
Irmã Dulce
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nome de batismo de Irmã
Dulce, nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador, na Bahia.
Aos 13 anos, já havia transformado a casa da família, num centro de
atendimento a pessoas carentes, manifestando nessa época o desejo de
se dedicar à vida religiosa, principalmente, após visitar com uma
tia, áreas muito carentes da cidade de Salvador.
A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um
colégio mantido pela sua congregação no bairro da Massaranduba, na
Cidade Baixa, em Salvador. Porém, o seu pensamento estava voltado
para o trabalho com os pobres, e desta forma, pouco tempo depois, já
estava dando assistência às comunidades carentes de Alagados e
Itapagipe, também na Cidade Baixa, e aonde futuramente, viriam a se
concentrar as principais atividades de suas obras sociais.
Em 1939, invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes
que recolhia nas ruas. Expulsa do lugar, peregrinou durante uma
década, levando os seus doentes por vários lugares, até, por fim,
instalá-los no galinheiro do Convento Santo Antônio, que improvisou
em albergue, dando origem ao Hospital Santo Antonio, centro de um
complexo médico, social e educacional, aberto aos pobres da Bahia e
de todo o Brasil.
Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, em Salvador, pouco
tempo antes de completar 78 anos. A fragilidade com que viveu os
últimos 30 anos da sua vida, com a saúde abalada seriamente - tinha
70% da capacidade respiratória comprometida - não impediu que ela
construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas
instituições filantrópicas do país, batendo de porta em porta
pelas ruas de Salvador, nos mercados, feiras livres ou nos gabinetes
de governadores, prefeitos, secretários e presidentes da República,
sempre com a determinação de quem fez da própria vida um
instrumento vivo da fé.
Madre Tereza de Calcutá
A pequena Agnes Gonxha Bojaxhiu - nome de batismo de Madre Teresa -
nasceu em Skoplje, na Albânia, em 26 de agosto de 1910. Aos dezoito
anos, já como missionária, mudou-se para Rathfarnham, na Irlanda,
onde ficava a Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto. No
entanto, o seu sonho era a Índia e o trabalho junto aos pobres.
Deixou o colégio em 1948, e iniciou o seu trabalho juntos as
comunidades mais pobres de Calcutá. Reuniu um grupo de cinco
crianças, num bairro imundo e começou a dar aulas. Pouco a pouco, o
grupo foi aumentando. Dez dias depois, já eram cerca de cinqüenta
crianças. Junto com o alfabeto ensinava lições de higiene e moral.
Certo dia dava voltas e mais voltas junto a seus pobres, à procura
de uma casa, um teto para acolher os abandonados. Caminhou
ininterruptamente por horas, até que já não podia mais. Então,
compreendeu até que ponto de esgotamento tem que chegar os
verdadeiros pobres, em busca de um pouco de alimento, abrigo, remédio
ou esperança.
Em 1949, com o auxilio de algumas de suas ex-alunas, iniciou uma
pequena comunidade, que viria a se chamar “Missionárias da
Caridade”.
Abriu escolas, lares, albergues, e principalmente, continuou o
trabalho com doentes e moribundos, recolhidos nas ruas.
Posteriormente, em 1952, abriu o primeiro lar infantil e expandiu seu
trabalho pela Índia e por todo o mundo. Criou também a “Casa do
Moribundo”, a qual dedicou suas melhores energias físicas e
espirituais.
Nas décadas de 60 e 70 abriu dezenas de casas por todas as regiões
do mundo: Ceilão, Bangladesh, Ilhas Maurício, Peru, México,
Guatemala, Cuba, dentre outros.
Pelo seu trabalho maravilhoso, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 15
de outubro de 1979.
Morreu em 05 de setembro de 1997, em Calcutá, vitima de uma parada
cardíaca.