Emanuel
Vejamos como se comportava Jesus no trato da fé que lhe abrasava o
coração, a fim de que não nos falte entendimento no cultivo da
sublime virtude.
Anjo entre os Anjos, não desdenha descer ao convívio dos homens,
mais para padecer-lhes a brutalidade do que para engalanar-se, de
pronto, com os louros da simpatia e da compreensão que lhe pudessem
ofertar.
E entre os homens, ninguém lhe surpreende o mínimo gesto de
intolerância, à frente dos problemas que se lhe impõem à bandeira
de redenção.
Não exige que os outros lhe adotem a cartilha de confiança.
Não perde tempo em controvérsias, acerca da essência e atributos
da Natureza de Deus.
Não se converte em suposto advogado do Criador para maldizer ou
ferir as criaturas enrijecidas na delinquência.
Não indaga quanto à convicção religiosa daqueles que lhe pedem
assistência e consolo.
Não preceitua condições deste ou daquele teor, em matéria de
crença para que se administre a luz do Evangelho.
Não se arvora em profeta da destruição e do pessimismo, conjugando
revelação e perturbação, conhecimento e terror no ânimo dos
ouvintes.
Não solicita vantagens particulares, auxiliando sempre, sem cogitar
de auxílio a si mesmo.
Não promove ligações com os príncipes e sacerdotes do mundo para
prestigiar os princípios de amor dos quais se tornara intérprete.
Não recusa sofrer agravos e insultos, calúnias e prisão por parte
daqueles a quem confiara o tesouro das esperanças mais puras, a
pretexto de garantir-se na posição de Medianeiro Celeste.
E, por último, não recorra nem mesmo à proteção da justiça
humana, para exonerar-se da cruz em que desfalece, entre a serenidade
e o perdão, em plenitude de obediência.
Observemos a fé em Jesus e a fé em nós, a fim de exercitarmos, em
nossas necessidades de evolução, o esquecimento de nossos obscuros
caprichos e a aceitação da sábia Vontade de Nosso Pai.
Da Obra “Confia E Segue”
Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier
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