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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A INCLUSÃO DA ESPIRITUALIDADE NA ÁREA DA SAÚDE


Inicialmente, logo após a Segunda Guerra Mundial, o conceito de qualidade de vida estava relacionado a variáveis econômicas, levando-se em consideração a obtenção de bens materiais para avaliar o nível de qualidade de vida dos sujeitos. Aos poucos o conceito foi sendo ampliado e passou a integrar também outros aspectos sociais, como educação, saúde e lazer. Por um longo período, ciência e a espiritualidade/religiosidade eram vistas como áreas totalmente distintas e opostas.
A espiritualidade na vida humana vem encontrando espaços crescentes nas comunidades acadêmicas que passaram a organizar palestras, encontros e simpósios sobre Espiritualidade e Qualidade de Vida. Teólogos, médicos, psicólogos, educadores, filósofos e outros cientistas, independentemente de vinculações eclesiais ou grupos espiritualistas tem deixado pra trás o longo período em que a ciência e espiritualidade/religiosidade eram vistas como áreas totalmente distintas e opostas. O fenômeno fé religiosa, que por tanto tempo foi visto, no meio científico, através de olhares críticos, tem ganhado espaço nos estudos e tem aberto campos de pesquisas quanto ao influencia no tratamento e cura de pacientes que possuem a religiosidade ativa.
A partir da ampliação do conceito de saúde, defendida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o "estado de completo bem-estar físico, mental e social", já se tornou comum entre os profissionais da área, a afirmação de que saúde está mais relacionada com o conceito de qualidade de vida do que apenas com a ausência de doença ou enfermidade (Segre & Ferraz, 1997).
Assim, é interessante avaliar todos os aspectos envolvidos na qualidade de vida e, consequentemente, com a saúde dos pacientes.

OS BENEFÍCIOS DA FÉ
Os profissionais de saúde podem sentir-se seguros com a abordagem espiritual: uma análise de 42 estudos englobando mais de 125 mil pacientes foi publicada na edição de junho de 2000, da “Health Psychology”. O resultado apontou que todos que tenham algum tipo de envolvimento religioso vivem mais, muito embora não tenha sido questionado se a longevidade decorre da fé ou do meio o qual o paciente está inserido.
Pesquisas apontam que os pacientes quando questionados sobre suas crenças, aumentam a confiança no médico, o que ficou relacionado a melhores resultados. Levantar a história espiritual não é sabatinar a afiliação religiosa do paciente. O objetivo é identificar o que é importante a um paciente e como estas crenças e valores podem atuar no modo pelo qual o paciente lida com a doença. E deve-se ficar claro que os profissionais de saúde não deve atuar como pastor espiritual e sim, ter o propósito de abrir as portas para esta abordagem, dentro de suas próprias crenças.
No Brasil, a conexão entre espiritualidade e a saúde tem atraído a atenção de muitas pessoas, estejam ela no meio científico ou não. As evidências positivas entre a relação religião e espiritualidade crescem exponencialmente. Pesquisas também apontam que a religião tem papel fundamental nas vidas dos pacientes, sendo que a grande maioria destes acredita que sua fé pode ajudá-los a se recuperar de suas doenças. Esta equivalência também aparece em pacientes com patologias oncológicas, que relataram mais conforto, com mais satisfação, felicidade e consequente diminuição da dor.
Vários Congressos tem abordado a temática da fé e espiritualidade na área da saúde medicina. É fundamental o conhecimento de que os congressos estão com a mentalidade aberta para os benefícios que surgem com a inserção de valores antes não incluídos à saúde. A prática visa muito mais que apenas conhecer qual é a religião do paciente: o objetivo maior é a cura da alma, através do conhecimento das crenças e de como a espiritualidade pode fazer parte de exames clínicos regulares. Levantar a história espiritual do paciente permite que os médicos entendam os pacientes integralmente
Diante de tais aspectos, torna-se evidente que a noção de qualidade de vida propõe uma quebra de paradigmas, buscando englobar elementos complexos e difíceis de serem mensurados. Além disso, podem contribuir com a construção de uma clínica ampliada e com o conceito de saúde biopsicossocial, onde são ressaltados os aspectos socioeconômicos, psicológicos e culturais, que são essenciais nos processos de prevenção, promoção e reabilitação da saúde (Seidl & Zannon, 2004).



"PODER-SE-Á DEFINIR O QUE É TER FÉ?"
("O Consolador" -Q. 354)

“Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
Conseguir a fé é alcançar a possibilidade de não mais dizer: “eu creio”, mas afirmar: “eu sei”, com todos os valores da razão tocados pela luz do sentimento. Essa fé não pode estagnar em nenhuma circunstância da vida e sabe trabalhar sempre, intensificando a amplitude de sua iluminação, pela dor ou pela responsabilidade, pelo esforço e pelo dever cumprido.
Traduzindo a certeza na assistência de Deus, ela exprime a confiança que sabe enfrentar todas as lutas e problemas, com a luz divina no coração, e significa a humildade redentora que edifica no íntimo do espírito a disposição sincera do discípulo, relativamente ao “faça-se no escravo a vontade do Senhor”.”

(Do livro “O Consolador”,
ditado pelo Espírito Emmanuel ao médium Francisco Cândido Xavier.
11ª Ed. FEB.1985: Questões 199 – p.120; e 354 - p.200.)


Segundo o Irmão NORBERTO FRANCISCO RAUCH , Reitor da PUCRS , “A próxima idade do homem será mística ou não será nada.”

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