12.
Em lógica elementar, para se discutir uma coisa, preciso se faz
conhecê-la, porquanto a opinião de um crítico só tem valor,
quando ele fala com perfeito conhecimento de causa. Então, somente,
sua opinião, embora errônea, poderá ser tomada em consideração.
Que peso, porém, terá quando ele trata do que não conhece? A
legitima crítica deve demonstrar, não só erudição, mas também
profundo conhecimento do objeto que versa, juízo reto e
imparcialidade a toda prova, sem o que, qualquer menestrel poderá
arrogar-se o direito de julgar Rossini e um pinta-monos o de censurar
Rafael.
13.
Assim, o Espiritismo não aceita todos os fatos considerados
maravilhosos, ou sobrenaturais. Longe disso, demonstra a
impossibilidade de grande número deles e o ridículo de certas
crenças, que constituem a superstição propriamente dita. É exato
que, no que ele admite, há coisas que, para os incrédulos, são
puramente do domínio do maravilhoso, ou por outra, da superstição.
Seja. Mas, ao menos, discuti apenas esses pontos, porquanto, com
relação aos demais, nada há que dizer e pregais em vão.
Atendo-vos ao que ele próprio refuta, provais ignorar o assunto e os
vossos argumentos erram o alvo.
Porém,
até onde vai a crença do Espiritismo? perguntarão.
Lede,
observai e sabê-lo-eis.
Só com o
tempo e o estudo se adquire o conhecimento de qualquer ciência. Ora,
o Espiritismo, que entende com as mais graves questões de filosofia,
com todos os ramos da ordem social, que abrange tanto o homem físico
quanto o homem moral, é, em si mesmo, uma ciência, uma filosofia,
que já não podem ser aprendidas em algumas horas, como nenhuma
outra ciência.
O LIVRO
DOS MÉDIUNS, pág 34
Nenhum comentário:
Postar um comentário