Segundo a doutrina espírita, a psicografia seria uma das múltiplas possibilidades de expressão mediúnica existentes. Allan Kardec classificou-a como um tipo de manifestação inteligente, por consistir na comunicação discursiva escrita de uma suposta entidade incorpórea ou espírito, por intermédio de um homem, ao qual denominou médium, ou seja, aquele que media os dois planos, o espiritual e o material.
O mecanismo de funcionamento da psicografia, ainda segundo Kardec, pode ser consciente, semi-mecânico ou mecânico, a depender do grau de consciência do médium durante o processo de escrita.
No primeiro caso (médium consciente), o menos passível de validação experimental, o médium tem plena consciência daquilo que está escrevendo, apesar de não reconhecer em si a autoria das ideias contidas no texto existe a possibilidade de influenciar nos escritos, evitando informações que lhe pareçam inconvenientes ou formas de se expressar inadequadas.
No segundo, (médium semi-mecânico ou semi-consciente), poderia até estar consciente da ocorrência do fenômeno, perceber o influxo de ideias, mas seria incapaz de influenciar voluntariamente o texto, que basicamente lhe escorreria das mãos. O impulso de escrita é mais forte do que sua vontade de parar ou conduzir voluntariamente o processo.
Além da doutrina espírita, há várias correntes espiritualistas que admitem a possibilidade da ocorrência desse fenômeno, como a Umbanda e a Teosofia.
Entre os textos ditos psicografados encontram-se obras atribuídas a autores famosos adeptos à doutrina, como Victor Hugo, Bezerra de Menezes, outros nem tanto, como Camilo Castelo Branco e Casimiro de Abreu.
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