Total de visualizações de página

terça-feira, 30 de setembro de 2014

DEPOIMENTO DE CHICO XAVIER SOBRE " A VOZ DO RAIO RUBI "

Que o bondoso Jesus nos acolha em seu amor magnífico, nesta noite de profusas bênçãos dos inesgotáveis celeiros divinos!
Estivemos aqui, num milagroso momento, quando aquela que segue Jesus, nos planos da luz, nossa irmã Nada, respeitável líder espiritual, de carisma inigualável, pioneira em seus intentos unificadores, enfrentara a incerteza de verificar se a nossa mensageira resistiria à cirurgia espiritual pela qual passou na noite anterior à inauguração deste amorável reduto vibratório de informação e unificação!
Não fora a intervenção celestial, não estaria esta flor do deserto aqui entre vós, servindo às causas puríssimas e genuinamente autênticas, como às que sempre se prestara, em todas as épocas de suas muitas vidas de auxílio ao vosso sagrado lar terreno.
Naquela data memorável em que aqui deixamos a nossa palavra a uma das irmãs presentes, quando se instaurava, na Terra, este emblemático foco de captação dos registros siderais, "A VOZ DO RAIO RUBI", no Dia Universal do Amor, este importante farol iluminador, em mutirão de amparo invisível estávamos, garantindo o êxito do propósito desta tarefa de soberana e indiscutível necessidade planetária, qual seja a de ampliarmos, em conjunto, a esfera de compreensão do "Espírito da Verdade", segmentado em faces de desacordos múltiplos entre as estreitas interfaces de tolerância religiosa.
A nossa irmã encarnada, mensageira provinda da Estrela Ishtar, deveria lograr atingir o momento da canalização de nossa magnânima mestra de um dos raios divinos de grande ascendência sobre as vidas humanas, na data eleita pela sua sábia auscultação das vibrações sutis dos seres humanos, neste dia especial, para maior ressonância com os seus nobres propósitos.
Ela conseguiu, para a alegria dos céus !!!
Seu coração havia sido atravessado por impressionantes artefatos de indiscutível poder paralisante da vida. Foram intentos reais de desarticulação dos sagrados objetivos de nossa mestra do amor.
Nós já havíamos celebrado acordos com as equipes de maestros desta orquestra espiritual que iniciava a tocar suas composições da nova ópera evolutiva, anteriormente a esta cerimônia inaugural.
Na nossa modesta condição, então, passamos a compartilhar dos anseios sagrados desta rede de afinada conexão com todos nós, que lavramos as atas de incremento à Doutrina dos Espíritos.
Ancorando nossos sentimentos expandidos, nesta proposta unificadora, e almejando, igualmente, a integração que se faz necessária, quanto aos projetos doutrinários dos seres especiais que delineiam princípios de interpretação dos mistérios universais, ajoelhamo-nos perante a divindade para não estacionarmos nossa alma na fragmentação doutrinária, de forma lamentavelmente retrocedente, pós vida carnal.
Por acreditarmos nesta vertente de claras manifestações do mais puro amor de ambas as mestras, enxertamos neste vaso de promessas floridas, este canal de vozes dos planos da vida verdadeira, as nossas humílimas contribuições de comunhão espiritual, e passamos a estar mais presentes na vida destes seres de amor que laboram na Terra como semeadoras do futuro.
Como numa floreira bem cuidada, ambas as irmãs, gêmeas em suas aspirações, realizam a tarefa de iniciação aos parâmetros novos da universalidade espiritual, no testemunho visível de deixarem seus rastros de luz para a eternidade dos arquivos da memória planetária.
A nossa palavra de hoje, em meio às discussões sobre a sua autenticidade, deverá estabelecer-se no andar das nossas mais sagradas aspirações de colaboração com os desígnios divinos, como os de sintonizarem-se os seres, na grande empreitada da construção das mais sólidas bases espiritualizantes da nova Terra.
Como simples colaborador universal, registramos aqui a nossa anuência a esses registros imortais, onde, em cada idéia aqui manifestada, por seus meios de captação específicos, os quais tanto estudamos e informamos, reiteradamente, aos seres humanos, respeitamos, como expressões da magnânima Vontade Divina.
Para todos os quadrantes deste minúsculo grão estelar, apelo ao Pai que esta obra se expanda e se irradie por todo o planeta!
Elevo em oração o meu ser, ainda pedindo, humilde, que, com suas propostas gigantes e fecundas, pela instauração da Verdade Integral, a todos os pontos do mundo alcance, robustecendo-se, esta seara de luz, na sua própria augusta grandeza!
Vendo, a cada dia, a vida pulsando nesta que nos presta o seu inestimável serviço de intermediação fraterna e consciente, apenas chegamos hoje, assim, sem notícia, para engrossarmos a corrente dos admiradores deste nobre projeto de esclarecimentos cíclicos, " A VOZ DO RAIO RUBI " !
Que a Misericórdia Divina ampare a todas as almas que aqui se debruçam, para que a luz do discernimento chegue celeremente às mentes dos nossos irmãos deste planeta de puriicação,de libertação e de redenção! Rogamos as bênçãos do maior dos mestres, o meigo rabi da Galiléia, para que não pereça, por falta de concórdia entre os irmãos planetários, nesta grande travessia, a egrégora desta "rosa vermelha sagrada", simbolismo do grande amor de suas zeladoras cósmicas fiéis.
Na consecução deste primoroso planejamento divino, de resgate da união entre todos os trabalhadores espirituais, pela causa do progresso do vosso lindo globo de águas azuis e de contornos de extensões tão acolhedoras, mais esta voz, a Voz do Raio Rubi, estreia como estrela de luz suprema, nos céus desta nação promissora, como jazida de preciosas pedras da edificação do novo projeto divino de aglutinação das pilastras fundamentais da Verdade Universal ! É uma estrela de fulgurações de luz própria, este arrojado mecanismo de captação de verdades, cujo desforço de tantas almas, que exercem a função de lutar pela "União" entre todos os segmentos de "Iniciações do Espírito", fazem deste projeto uma esperança a mais de solidariedade e partilha dos bens eternos do discernimento e da cooperação universal.
Dentro ainda de um insondável mistério, mas pela aquiescência da sabedoria divina, muitas idéias foram retalhadas, até agora, na humanidade, como doutrinas de ascendência espiritual, digladiantes entre si. Ressurgem agora, na forma de peças harmônicas que se encaixam em sua matriz de amplitude conceitual, a partir de sua unidade original. Feito que não nos coube, nem aos demais seres de todos os tempos, pois é uma obra de domínio do tempo e dos planos divinos! A intolerância e a desagregação antisolidária, que elegiam méritos maiores, de forma descabida, a apenas algumas égides doutrinárias, não mais servem, a partir de agora, como propostas exclusivas de penetração na mentalidade humana.
O planeta Terra, na sua unidade e irmandade, globalizando esforços de todas as nações, funde-se, no entanto, na emanação singular e poderosa deste atributo específico do coração cósmico planetário! Plasmado nos céus, e abençoado, nesta nação, suas batidas sincronizadas são regidas pela Mestra do Amor Incondicional, ladeando aquele que se fez, igualmente, a mais pura luz para a humanidade, Mestre Jesus. Abraçamo-nos todos juntos, num empenho cristão e eclético, na idealização de conteúdos coerentes, que dêem luz ao entendimento das comunidades espiritualistas da Terra, para que sejam bússolas seguras e não discriminatórias, dando a direção espiritual certa e de ampla condição de sedimentação mental, a todos os nossos irmãos planetários. Pedimos luz imorredoura para todos os nossos irmãos encarnados e desencarnados, que concluem seus estágios de testes e desafios neste orbe generoso, e rogamos ao Mestre Jesus que seja o eterno alicerce divino desses propósitos sagrados!
Muito obrigado, Pai de Amor Incomensurável, pela honra de servir a este teu jardim de sementes renovadoras, e pela exuberante cachoeira de conhecimentos que jorra de vosso Amor, através de vossos mensageiros celestes, que aportam neste orbe tão promissor, para nos auxiliarem a enriquecer, a partir de suas luzes especiais, o cenário miraculoso da redenção da nova Terra!!
Que a bondade divina nos ampare a todos e nos dê a força resoluta para continuarmos nesta tarefa conciliadora e integrativa!
Despeço-me como o menor dos servos de Deus,
Francisco Cândido Xavier

Fonte Facebook

A Arte de Interrogar




 

Leitura recomendada.


Segundo a idéia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa-vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados”. Hahnemann. (Paris, 1863.)
O evangelho Segundo Espiritismo
Capítulo XIX – item 10

Não são poucos os companheiros que demonstram silencioso desespero quando percebem que o esforço pessoal de melhoria parece insuficiente ou sem resultados. Entregaram-se às fileiras de amor ao próximo e à escola do conhecimento espiritual, mas continuam asilando impiedoso sentimento de frustração ao partirem para as lutas reeducativas, nos deveres de cada dia. Alegam que vigiam o pensamento e oram fervorosamente pedindo auxílio, no entanto dizem-se perseguidos por uma “força maior” que lhes destrói e domina-lhes os impulsos que fazem o que não têm intenção de fazer, sendo levados a atitudes não desejadas ou escolhidas. Nasce então o conflito, seguido de sentimentos punitivos que passam a povoar o coração, quais sejam a tristeza e a angústia, a vergonha e o desânimo. Instala-se assim o desespero mudo e desgastante que assola inúmeros aprendizes do crescimento espiritual.
Estariam, porventura, exercendo inadequadamente sua reforma? Semelhante ciclo de frustração necessariamente faz parte do programa de transformação e crescimento? Faltaria alguma postura para tornar o esforço mais produtivo? Essas são indagações que devem fazer parte das meditações de quantos anseiam pela promoção de si mesmos, seja nos grupos de nossa causa ou nas avaliações pessoais.
Sem recolhimento e introspecção educativa não teremos respostas claras e indispensáveis na elaboração do programa de autoconhecimento. Imprescindível efetuar perseverante investigação no que se chama “força maior”. Será uma compulsão? Um espírito? um trauma uma tendência? Um recalque? Uma fixação de “outras vidas”? Uma patologia física? Um impulso adquirido na infância? Uma lembrança da erraticidade? Um problema surgido na gestação maternal? Uma emersão de recordações das atividades noturnas? Uma influência passageira e intermitente ou uma obsessão progressiva? Uma contaminação fluídica por “nuvens de ideoplastia” dos pensamentos humanos? A irradiação magnética dos ambientes Qual a origem e natureza das forças que nos cercam?
Será muito simplismo a atitude de responsabilizar obsessores e reencarnações passadas como causa daquilo que sentimos, e que não conseguimos explicar com maior lucidez. Em alguns casos chega a ser mesmo um ato de invigilância.
Que variedade de opções somam-se nas viagens da evolução para explicar as lutas espirituais que hoje enfrentamos! Apesar disso, não guardamos dúvidas em afirmar que o labor iluminativo de todos nós tem um ponto comum?: a urgente necessidade da educação dos sentimentos.
A etimologia da palavra educação significa “trazer à luz uma ideia”, vem do latim educare ou educere – prefixo “e” mais ducare ou ducere – levar para fora, fazer sair, extrair, tirar.
Filosoficamente é fazer a ideia passar da potência ao ato, da virtualidade à realidade.
À luz dos conceitos espíritas, educar é ir de encontro aos germens da perfeição que se encontram potencializados na alma desde a sua criação, é despertar, dinamizar as qualidades superiores que todos trazemos nas profundezas da vida inconsciente.
Frente ao montante de lutas e conflitos que amealhamos na afanosa caminhada do egoismo, fica a indagação: Como educar sentimentos para adquirir reações e interesses novos afinados com esses “valores excelsos” depositados em nós mesmos?
Justo agora em que a ciência avança na busca de novas alternativas para que o homem entenda a si mesmo, verificamos uma lastimável epidemia de racionalização varrendo todas as sociedades mundanas, impedindo o homem de mover-se com o necessário domínio sobre sua vida emocional.
A educação de nossos sentimentos é algo doloroso, semelhante a “cirurgias corretivas” que fazem do mundo emocional um complexo de vivências afetivas de longo curso, quais sejam: A renúncia de hábitos, a perda de expectativas, a ansiedade por novas conquistas, a tristeza pelo abandono de vínculos afetivos, os conflitos de objetivos, a vigilância na tentação, o contato com o sentimento da inferioridade humana, a tormenta da culpa, a severidade na cobrança, a sensação de esforço inútil, a causticante dúvida sobre quem somos e o que sentimos a insatisfação perante tendências que teimam em persistir, o desgaste dos pensamentos nocivos que burlam a vontade, o medo de não conseguir superar-se, os desejos inconfessáveis que humilham os mais santos ideais, o sentimento de impotência ante os pendores, a insegurança nas escolhas e outros tantos “dramas afetivos”.
“Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna”. Eis a feliz recomendação de Santo Agostinho.
O sábio de Hipona acrescenta: “Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: “Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos espíritos, onde nada pode ser ocultado?”
Portanto, essa educação das emoções é o imperativo de penetrarmos “partes ignoradas” de nossa intimidade espiritual no resgate de valores divinos adormecidos.
Considerando a extensão do trabalho a ser feito, anotemos algumas diretrizes práticas que não devemos olvidar, a fim de renovarmos o desalento que pode ser absorvido pelo clima da esperança motivadora e do consolo reconfortante, quando peregrinamos pelos caminhos do desconhecido país de nós próprios, guardando mais lúcida visão no serviço da auto-conquista pelo estudo de nossas reações:
As intenções são o “dial da consciência”. Por elas sintonizamos com as faixas mentais que desejamos naturalmente o que escolhemos pelo poder de decisão da vontade. Conhecê- las naquelas vivências e identificar seu teor moral será rica fonte informativa sobre a vida subconsciencial: com que intenção pratiquei tal ato? Qual a intenção ao dizer algo a alguém?
Aprendamos a dar nome aos sentimentos que vivenciamos a fim de dilatar o discernimento sobre a vida emocional; escolha um episódio de teu dia e interrogue perseverantemente: que sentimento estava por trás daquele acontecimento?
Cuidemos de não ampliar nossas refregas íntimas com mecanismos de fuga e suposta proteção como a negação daquilo que sentimos. Se não tivermos coragem para o enfrentamento interior não faremos muito progresso na arte de descobrir nossas mazelas e mesmo nossas qualidades. Imprescindível será admitir o que sentimos, sem medos e subterfúgios de defesa, mas com muita responsabilidade para que não penetremos os meandros da fantasia: por que (nomear o sentimento) em relação a essa criatura? Qual a razão desse meu sentimento em circunstâncias como a que experimentei?
Nossas reações aos desafios da vida, mesmo que não sejam felizes expressões de equilíbrio, são valorosas medidas aferidoras dos nossos sentimentos. Indaguemos sempre em cada ocasião do caminho: qual o sentimento nos “impulsionou” nessa ou naquela situação?
Cultivar a empatia. Aprender a se colocar no lugar do outro e sentir o que sente, entender-lhe as razões e procurar estudar os motivos emocionais de cada pessoa. Todos temos uma razão no reino do coração para fazer o que fazemos, então questionemos: por que motivo aquela pessoa agiu assim comigo? Que motivações levam alguém a fazer o que fez?
Portanto, como diz Hahnemmann em nossa introdução, nossa tarefa reeducativa exige muita perseverança e esforço. Isso leva muitos a preferirem a ilusão de cultivar a idéia falsíssima de que é impossível mudar nossa natureza. Ledo engano!
Deveríamos nos dar por muito satisfeitos no dia de hoje pelo simples fato de não recorrermos intencionalmente ao mal. O grave equívoco é que muitos lidadores da Nova Revelação acreditam que renovar é angelizar!!!

Livro - Reforma Íntima: Sem Martírio - Wanderley Oliveira -
Pag 93 a 98.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Malhação para o cérebro.


Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?
O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.
"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".
Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.
"Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero", explica o especialista.

Como funciona a neuróbica?
A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. "São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável", explica Mariuza Pregnolato, psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva.
Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. "Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?", sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho.

O papel dos sentidos
O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" de cunho emocional e social.
"Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação", explica Mariuza.
Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado? 

Corpinho de 40 e mente de 20!
A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. "Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino", explica Mariuza.
"Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer", considera a especialista.  
Nove exercícios de quebra de rotina
1- Mudar a rotina ajuda a nos tirar dos padrões de pensamento de sempre, que nos levam ao piloto automático. Experimente:
2- Use o relógio de pulso no braço direito
3- Ande pela casa de trás para frente
4- Vista-se de olhos fechados
5- Veja as horas num espelho
6- Troque o mouse do computador de lado
7- Escove os dentes utilizando as duas mãos
8- Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual
9- Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro
Faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?

Exercícios de memorização
Treinar a memória também ajuda a desenvolver a mente. Tente esses exercícios:
1- Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os.
2- Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos.
3- Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar.

Nove exercícios com palavras e habilidades cognitivas
Aprimorar novas habilidades sempre ajuda a exercitar o cérebro. Experimente essas dicas:
1- Estimule o paladar, coma comidas diferentes;
2- Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;
3- Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado;
4- Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef;
5- Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;
6- Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes;
7- Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;
8- Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;
9 - Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra.

Hábitos saudáveis
Outra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada, é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.
"A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor", explica o especialista.